
A semana
Ao colocarem todas as fichas em um único evento, mesmo com a importância que tem como a eleição para escolha do futuro presidente dos EUA, os mercados não estão diminuindo o risco ao escolher sua candidatura favorita e sim potencializando os riscos futuros.
Em uma eleição onde mais de 50% do eleitorado norte americano tem repulsa para ambas as candidaturas o resultado fica mais imponderável do que possa parecer, mesmo com a candidata Hilary tendo a preferência aparente nas pesquisas de opinião.
Pensar que os problemas econômicos do mundo serão resolvidos ou não agravados nomeando um dos candidatos como o “Bode na sala” não é uma atitude econômica sensata, já que um revés nas expectativas pode provocar reações de consequências muito mais graves e levar os mercados a uma derrocada fenomenal.
Os riscos aumentaram e não diminuíram assim o momento é de cautela e não de euforia.
Juros
Com baixa liquidez nos contratos futuros os juros ao invés de seguirem a trajetória natural de queda seguem flutuando ao humor do mercado externo e suas consequentes variações na taxa de câmbio.
Expectativa para a semana: Volatilidade com tendência a estabilidade no fechamento da semana, em relação ao fechamento da semana anterior
Câmbio
Assim como o mercado de juros o dólar vem apresentando baixo volume de negócios nos últimos pregões, mesmo com toda volatilidade presente. Enquanto perdurar as incertezas externas a moeda norte americana frente ao real permanecerá com variações diárias mais expressivas. Lembrando que a cotação próxima a R$ 3,20 só prejudica as contas do setor externo e retarda a retomada do crescimento econômico.
Expectativa para a semana: Volatilidade, fechando a semana em R$ 3,20/3,25 por dólar
Bolsa de Valores
O rally generalizado nas bolsas em todo o mundo nesta madrugada de domingo e na manhã desta segunda feira é uma demonstração clara do quanto está fragilizado o mercado bursátil. As cotações avançaram como se o candidato a presidente Donald Trump fosse o “patinho feio” e sua eleição representasse um entrave à retomada econômica global. Basta vencer a Hilary Clinton para que o mundo econômico retorne o caminho que vinha seguindo. Mas onde estávamos mesmo?
Este tipo de avaliação não traz como pano de fundo, melhores expectativas econômicas, mas evidenciam o quão fragilizadas estão às perspectivas de melhoras de crescimento econômico e por consequência melhor desempenho por parte das empresas listadas em bolsa.
As incertezas futuras só aumentaram e não diminuíram.
Expectativa para a semana: 62.000/63.000
“Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas.” Confúcio
*As opiniões aqui contidas são pessoais e não representam recomendação de compra ou venda de ativos financeiros. Desta forma, os autores estão isentos de quaisquer responsabilidades sobre as decisões de investimentos tomadas por seus leitores.
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Kiel como sempre Perfeita analise,
Abs
Perú.